26/02/2025
A comunicação com as crianças vai além de simplesmente ouvir o que elas dizem. A escuta ativa envolve atenção plena, empatia e respeito, criando um ambiente no qual elas se sentem seguras para expressar sentimentos e opiniões. Essa prática contribui diretamente para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo, fortalecendo vínculos e promovendo confiança.
Ao praticar a escuta ativa, os pais e responsáveis demonstram que valorizam a fala da criança, o que impacta positivamente sua autoestima e seu bem-estar. "A escuta ativa é uma ponte para o entendimento entre adultos e crianças. Quando a criança percebe que está sendo ouvida de verdade, ela se sente respeitada e desenvolve uma comunicação mais aberta e segura", afirma Vanessa Mello, supervisora pedagógica do Colégio Anglo Urubici, de Camboriú (SC). O processo não se limita a escutar as palavras ditas, mas também a compreender as emoções envolvidas e a responder de maneira acolhedora e construtiva.
Os benefícios dessa prática se estendem a diversos aspectos da vida infantil. Crianças que se sentem ouvidas tendem a desenvolver maior segurança emocional, habilidades sociais mais sofisticadas e uma relação mais saudável com os pais e educadores. Além disso, a escuta ativa fortalece a resiliência, tornando os pequenos mais preparados para lidar com frustrações e desafios.
No ambiente familiar, é essencial que os pais reservem momentos do dia para se dedicar à conversa com os filhos, sem distrações como celulares ou televisão. Pequenos gestos, como manter contato visual, fazer perguntas abertas e demonstrar interesse genuíno, tornam a interação mais significativa. O momento do jantar, os trajetos para a escola ou até mesmo uma brincadeira em conjunto podem ser oportunidades valiosas para essa prática.
Na escola, a escuta ativa desempenha um papel fundamental na relação entre professores e alunos. Educadores que adotam essa abordagem conseguem entender melhor as dificuldades e potencialidades de cada estudante, ajustando suas estratégias pedagógicas de forma mais eficiente. "O respeito ao que a criança tem a dizer cria um ambiente de aprendizado mais inclusivo e motivador", ressalta Vanessa Mello. No entanto, escutar ativamente não significa abrir mão de regras e limites. O objetivo é equilibrar o diálogo com a orientação, para que as crianças aprendam a se expressar e a respeitar o ponto de vista dos outros.
Muitas vezes, a rotina acelerada pode dificultar a aplicação da escuta ativa, mas pequenas mudanças na postura dos adultos fazem grande diferença. Demonstrar paciência, evitar interrupções e validar os sentimentos da criança são atitudes que fortalecem a comunicação e a conexão emocional. A escuta ativa não exige um tempo excessivo, mas sim uma presença de qualidade nos momentos compartilhados. Para saber mais sobre escuta ativa, visite https://lunetas.com.br/escuta-infantil/ e https://www.ninhosdobrasil.com.br/escuta-ativa