24/01/2025
A correção das provas é um dos principais pontos de distinção entre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os vestibulares tradicionais. Apesar de ambos terem como objetivo avaliar a preparação dos estudantes para o ingresso no ensino superior, os critérios usados em cada modalidade são bastante diferentes, influenciando diretamente as estratégias de estudo e desempenho dos candidatos.
O Enem utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que vai além de contar acertos. Esse método considera a consistência das respostas e atribui pesos diferentes às questões com base em seu grau de dificuldade. Assim, um estudante que acerta as perguntas mais complexas, mas erra as mais simples, pode ter uma nota menor do que outro que acerta as mesmas questões difíceis, mas também demonstra conhecimento básico nas fáceis. "A metodologia do Enem avalia não apenas o que o aluno sabe, mas também como ele aplica esse conhecimento em diferentes níveis de dificuldade", destaca Vanessa Mello, supervisora pedagógica do Colégio Anglo Urubici, de Camboriú (SC).
Por outro lado, a maioria dos vestibulares adota a média aritmética simples para calcular a pontuação final, com base no número de acertos. Em alguns casos, podem ser aplicados pesos específicos para determinadas disciplinas, conforme a relevância para o curso escolhido. Além disso, muitos vestibulares incluem questões discursivas, que demandam uma análise criteriosa do conteúdo e da argumentação apresentada pelo candidato.
Outra diferença marcante está no formato da redação. No Enem, a produção textual deve seguir o modelo dissertativo-argumentativo e incluir uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Já nos vestibulares, o formato da redação pode variar, abrangendo gêneros como narrativas, análises críticas ou descrições, dependendo das exigências da instituição.
As notas obtidas também têm usos distintos. As do Enem podem ser aproveitadas em diferentes programas, como Sisu, ProUni, Fies e até em instituições internacionais. Já as notas do vestibular são restritas à universidade que realiza o exame, limitando a flexibilidade do candidato.
O entendimento dessas diferenças ajuda pais e estudantes a traçarem estratégias mais eficientes para cada processo seletivo. Enquanto o Enem demanda preparação para uma avaliação interdisciplinar e focada na coerência das respostas, os vestibulares requerem uma abordagem específica, alinhada às disciplinas e critérios da instituição escolhida.
Ao planejar os estudos, é essencial considerar os objetivos acadêmicos do estudante. Aqueles que desejam ingressar em universidades públicas podem priorizar o Enem, enquanto os que buscam uma vaga em instituições particulares ou cursos específicos devem focar nos vestibulares. Para saber mais sobre vestibular e Enem, acesse https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/enem/diferenca-entre-enem-vestibular.htm ou https://www.guiadacarreira.com.br/blog/enem-ou-vestibular