06/12/2024
A nomofobia, definida como o medo de ficar sem acesso ao celular, tem se tornado uma preocupação crescente, especialmente entre estudantes. Essa dependência excessiva dos dispositivos impacta diretamente o desempenho acadêmico e as interações sociais. Muitos jovens sentem necessidade constante de checar notificações ou manter-se conectados, o que compromete a concentração durante as aulas e a realização de tarefas escolares.
Os sintomas da nomofobia incluem ansiedade extrema ao ficar sem o celular, checagens compulsivas e dificuldade em se desconectar, mesmo durante atividades importantes. Além disso, a dependência excessiva pode prejudicar o sono e causar desconfortos físicos, como dores de cabeça e tensão muscular, o que também afeta o rendimento escolar.
Vanessa Mello, supervisora pedagógica do Colégio Anglo Urubici, de Camboriú (SC), destaca que "a conscientização sobre o uso saudável da tecnologia é essencial para garantir que o celular seja uma ferramenta de aprendizado, e não uma distração". Esse comportamento, quando não gerenciado, pode levar a dificuldades de atenção e a um ciclo de ansiedade alimentado pela necessidade de estar sempre disponível.
No ambiente escolar, a nomofobia frequentemente se manifesta em comportamentos como o uso constante do celular durante as aulas ou irritação ao ser solicitado a guardá-lo. Esses hábitos podem levar à queda no desempenho acadêmico e dificultar as interações face a face, essenciais para o desenvolvimento social e emocional dos estudantes.
Pais e educadores têm um papel crucial na prevenção e no manejo desse problema. Diálogos abertos sobre o uso responsável do celular são fundamentais para conscientizar os jovens sobre os riscos da dependência tecnológica. Além disso, estabelecer horários específicos para o uso dos dispositivos e incentivar atividades offline, como esportes ou leitura, ajuda a reduzir a dependência.
No ambiente escolar, educadores podem adotar regras claras para o uso do celular em sala de aula e promover dinâmicas que favoreçam a interação pessoal e o trabalho em equipe. Workshops sobre o uso saudável da tecnologia, envolvendo especialistas em saúde mental, também são estratégias eficazes para abordar o tema de forma ampla e educativa.
Vanessa Mello reforça que "com limites claros e orientações adequadas, é possível transformar o uso do celular em um aliado para o aprendizado, em vez de uma barreira". Em casos mais graves, o apoio de psicólogos ou orientadores escolares pode ser necessário para ajudar os jovens a desenvolver habilidades de enfrentamento e reduzir os impactos negativos da nomofobia.
Com conscientização, diálogo e estratégias adequadas, é possível ajudar os estudantes a encontrar equilíbrio no uso da tecnologia, garantindo que ela não comprometa o desenvolvimento acadêmico e social. Para saber mais sobre a nomofobia, acesse camara.leg.br/radio/programas/977152-nomofobia-o-vicio-ao-celular-o-que-saber-e-como-evitar e exame.com/ciencia/nomofobia-entenda-o-que-e-o-transtorno-e-as-formas-de-minimiza-lo